No livro Prosperidade, de Lair Ribeiro, vi pela primeira vez alguém usar esse termo. Mas a verdade é que a prática da psicologia da pobreza é muito antiga e tem muito a ver com a nossa história. Mas afinal, o que é? É um conjunto de fardos psicológicos ou paradigmas que nos são implantados, mesmo que sem querer, pela sociedade, nossos amigos e até mesmo nossos pais. Que nos trazem a consciência de que a humildade é sinônimo de pobreza, que o rico é sempre desonesto e deve algo a sociedade. Você já ouviu a expressão “Eu sou pobre mas sou limpinho”? Ela não leva nossa mente a deduzir que se fosse rico seria sujinho? Nas novelas os personagens mais ricos não são também os mais cruéis e gananciosos? Frases do tipo : “vá lavar a mão menino, que dinheiro é sujo”, não nos trouxe uma conotação a mais do que a da higiene? E quando o pai ou a mãe diz ao seu filho pequeno que tem que trabalhar para ganhar dinheiro, não deixa na criança uma raiva interior, um certo desprezo pelo dinheiro?
Para piorar, existem pesquisas que mostram que o povo brasileiro está entre os de menor autoestima, que é acreditar em si mesmo, achar-se digno de fazer grandes coisas, ser feliz e amar a si próprio. Algo extremamente importante para quem quer vencer na vida. Mas devido aos fatos históricos da nossa colonização serem difundidos exageradamente em seus aspectos negativos. Se costuma contar que os portugueses que vieram para cá eram da pior qualidade, da escória de Portugal, o que se destaca em nossas origens é a corrupção e o mal caráter.
Porém, a verdade é que o processo de colonização do Brasil foi conseqüência da já desenvolvida expansão marítima realizada pelos portugueses que haviam ocupado, inclusive, regiões estratégicas da Ásia e da África utilizadas como foco de expansão comercial. Basta um momento de reflexão para admirarmos, pelo menos, a coragem de homens que saíram para o mar com instrumentos rudimentares de navegação para uma viagem sem destino específico e que após chegarem ao Brasil, não só colonizaram, mas expandiram o nosso território ao ponto de transformá-lo em um país de dimensões continentais. Combatendo e vencendo inúmeras tentativas de invasão como a dos holandeses, franceses e espanhóis.
Descendemos do branco desbravador, do índio que preferiu morrer a torna-se escravo e do negro forte, que apesar de despatriado e escravizado sempre guardou alegria em seu coração. Essa miscigenação única gerou um povo abençoado, mas que não conhece seu valor.
Sentimentos gerados por nossas experiências negativas, tais como mágoa, rancor e ódio também nos condenam a não sentir-nos dignos de crescer e prosperar. Misturado a todos esses aspectos estão ainda as distorções no entendimento da bíblia.
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Bjo no <3